Desde o início dos tempos o homem tem olhado para o céu. Devido à sua dependência dos fenômenos naturais e da sua impotência quanto às intempéries, atribuiu estes elementos às divindades e se limitou a contemplar as maravilhas e a temer os cataclismas.
O céu se tornou a morada dos deuses.
O constante deslocamento das estrêlas e as mudanças no clima acabaram por mostrar uma relação do céu com a seca, com as
chuvas, com o frio ou calor. O homem ligou uma coisa à outra, e
observando o céu ano após ano, pôde prever o que aconteceria em seguida. Observou que após um certo período, o céu começava a mostrar as mesmas estrêlas, num ciclo ininterrupto.
Este conhecimento permitiria o planejamento e o provisionamento de
alimentos para as épocas de carência e de abrigo nos períodos
de frio, e conseqüentemente, a sobrevivência da humanidade.
Quando mediu este período pela primeira vez, contando o número
de dias de cada ciclo, criou o primeiro calendário.
Desligando-se dos deuses e das lendas, fez a primeira medição
"científica" do período de translação da Terra.
Foi neste momento que nasceu a Astronomia.
Tentando compreender o universo que nos cerca, este trabalho continua até hoje, acumulando conhecimento e tecnologia. Cada nova descoberta nos permite entender mais claramente o mundo que vivemos e tentar responder às perguntas básicas da humanidade:
De onde viemos? Para onde vamos? Porquê?
A astronomia é uma das ciências mais abrangentes, onde todas as outras se tornam ferramentas de pesquisa, sejam elas matemáticas, físicas, químicas ou biológicas. Além disso, é uma ciência onde o campo de estudo está aberto para todos os que se dispuserem a investir um pouco de tempo. Seja qual for a sua área de atuação ou preferência, sempre existe algo ligado à astronomia. Para encontrar este elo basta olhar para cima.
"Ao contrário do que muitos supõem, a Astronomia não é a razão de deleite de alguns poucos. A Astronomia nasceu e cresceu gradativamente para suprir necessidades sociais, econômicas, religiosas e também, obviamente, culturais" (Roberto Boczko).
Cada astrônomo tem assim um campo de trabalho que é compartilhado com todos os outros, onde o limite é a criatividade e a inteligência do homem.
Seja bem-vindo.