Visualmente, as nebulosas são como manchas claras ou escuras espalhadas pelo céu. Basicamente são nuvens de poeira ou gás e representam a maior parte da massa do universo. As nuvens escuras são de difícil visualização, já que dependem de uma fonte de luz, contra a qual elas podem se destacar. O centro da Via Láctea, a região mais brilhante da Galáxia, não pode ser visto por nós devido à grande quantidade de matéria escura existente nos braços espirais que se interpõem entre nós e este centro. Existem vários tipos de nebulosas:
Nebulosas brilhantes por emissão - São nuvens de gás que brilham pela reemissão da energia absorvida de estrelas quentes existentes no meio da nuvem, após alterações no nível de energia interno de seus átomos, tendo assim, um espectro brilhante, diferente do espectro das estrelas que as excita. O brilho avermelhado indica a presença de hidrogênio, enquanto o oxigênio emite radiação esverdeada. Um exemplo típico é a Grande Nebulosa de Orion, M 42, onde as mais jovens estrelas conhecidas estão sendo formadas.
Nebulosas brilhantes por reflexão - São nuvens de gás e poeira, apenas iluminadas pela luz de estrelas vizinhas. São muito menos brilhantes e têm o mesmo espectro da estrela que gera a luz. Um exemplo é a nebulosidade que envolve as Plêiades, M 45, na constelação de Taurus. Esta nebulosidade só aparece em fotografias de longa exposição.
Nebulosas planetárias - São assim chamadas por serem geralmente arredondadas e de pequena luminosidade, como um planeta visto pelo telescópio. Normalmente têm em seu centro uma pequena anã branca que lhe deu origem, ejetando a nuvem de gás numa explosão que marca o fim da vida da estrela. Um bom exemplo deste tipo é a Nebulosa do Anel, M 57, na constelação da Lira.
Nebulosas escuras - São concentrações de matéria interestrelar que obscurecem as estrelas ao fundo. Acredita-se que a maior parte da massa de todo o universo esteja concentrada nestas nuvens escuras de poeira. O Saco de Carvão a sudeste do Cruzeiro do Sul é típico desta classe. As poucas estrelas que são vistas nesta região estão mais próximas de nós que a nuvem escura. Outro exemplo interessante é a Cabeça de Cavalo, Barnard 33, ao sul de zeta Orionis, destacada contra uma nebulosa brilhante, mas de difícil visualização, já que exige um telescópio de grande abertura.
As nebulosas mais brilhantes foram inicialmente levantadas por Charles Messier (1730-1817) e William Herschel (1792-1871), e depois identificadas e catalogadas por Johan Ludwig Emil Dreyer (1852-1926) no Novo Catálogo Geral de Nebulosas e Aglomerados, publicado em 1888. Na seção Constelações as mais interessantes delas podem ser identificadas.
Como os comprimentos de onda emitidos pelas nebulosas são em grande parte absorvidos pela nossa atmosfera, elas devem ser observadas quando perto do zênite, em noites sem Lua e de locais especialmente escuros. Use binóculos ou telescópios luminosos, com pequenos aumentos. O uso de filtros especiais pode melhorar tanto seu brilho quanto o contraste de seus detalhes.