O diâmetro do campo afeta diretamente o tamanho do secundário e devemos sempre optar por um tamanho de campo condizente com a relação focal do nosso telescópio e o diâmetro aparente dos objetos que iremos observar.
Para a observação de planetas o campo pode ser restrito já que as imagens planetárias são pequenas e são usados telescópios mais longos (f/D ~15). Júpiter, na oposição, tem um diâmetro aparente de apenas 45 segundos de arco, e Vênus pode chegar a 62 na conjunção inferior. A escolha de um campo menor induz a um secundário também menor, o que diminui a taxa de obstrução aumentando o poder de separação, a nitidez e o contraste das imagens.
Para a observação de nebulosas, aglomerados e galáxias usamos telescópios com uma relação focal menor (f/D ~4 a 6) e campos maiores, de até 2 graus. Os secundários serão maiores, o que pode prejudicar a qualidade da imagem, mas não chega a comprometer este tipo de observação. Nestes casos usamos oculares de maior diâmetro para evitar a vinhetagem (veja na página A montagem o link - tubo).
Para uso geral (f/D ~8 a 12), um bom referencial é o tamanho da Lua. Para que a Lua possa caber inteira no campo visual, calculamos o tamanho ( i ) da sua imagem para a nossa distancia focal. Esta fórmula pode ser usada para lunetas, telescópios e teleobjetivas e é muito útil na astrofotografia, para determinar o tamanho da imagem sobre o filme ou chip do CCD:
Onde:
i = tamanho da imagem em mm
df = distância focal da objetiva em mm
tg(x) = tangente do arco em radianos
x = ângulo sob o qual vemos a Lua (0,5º = 30' = 1800" = 0,0087 rad)
Para calcular o tamanho das imagens dos planetas, obtenha o diâmetro aparente em segundos para a data desejada, já que variam muito devido às posições relativas sobre as órbitas.