- Ja sei que os satélites não caem, porque então em órbita, certo?
Mas eles ficam girando la em cima, como?
A Terra era pra puxá-los ora...
e por que a Lua não é puxada pela Terra?
O Sol não puxa a nós que estamos próximos dele? Enfim por que no espaço algumas coisas atrem e outras caem em órbita?
Existe um ponto neutro (zero)?
- Em primeiro lugar, existe uma lei da atração gravitacional, de Isaac Newton, segundo a qual os corpos se atraem "na razão direta (multiplicação) das massas e na razão inversa (divisão) do quadrado da distância".
Isto significa que a atração é maior quanto maior for a massa e diminui rapidamente quando a distância aumenta.
Na figura 1 temos dois corpos em órbitas diferentes. O mais próximo (P2) do corpo central (C) é atraído com uma força maior (g2), enquanto que o mais distante (P1) é atraído com uma força menor (g1), porque apesar de ter a mesma massa, está mais distante.
Mas para se manter em órbita um corpo deve ter uma velocidade tangencial.
- No primeiro caso da figura 2 temos uma velocidade tangencial (Vt1) pequena. Se fizermos a soma vetorial de Vt1 + g vamos encontrar uma resultante (R1) que aponta para dentro da órbita. Isto significa que a velocidade é muito pequena e o corpo vai cair.
- No segundo caso temos uma velocidade tangencial (Vt2) grande. Encontrando a resultante (R2) vemos que ela aponta para fora da órbita. Isto significa que o corpo (P2) vai escapar da órbita e será lançado para longe.
- O terceiro caso é o de uma órbita estável. A resultante (R3) da soma da velocidade tangencial (Vt3) e da força da gravidade (g) cai sobre o traçado da órbita. Isso significa que o corpo irá girar indefinidamente em torno do corpo central.
Este é o segredo: para cada altitude existe uma velocidade tangencial que pode manter o corpo em órbita. O que fazemos é calcular a velocidade em função da altura e colocar o satélite na altura certa, com a velocidade certa.
A Lua é atraída pela Terra, mas tem uma velocidade certa para a sua distância, e por isso não cai sobre nós.
Não existe um ponto neutro, mas existem relações entre distâncias e velocidades que se equilibram.