LSST

Large Synoptic Survey Telescope

Dúvidas e Perguntas?

Foi anunciada na 205ª reunião da AAS (Sociedade Americana de Astronomia) a construção de uma nova ferramenta de busca sistemática do céu: o LSST (Grande Telescópio Sinóptico de Pesquisa).
A idéia é simples: fotografar resumida e rapidamente todo o céu e comparar as fotos para detectar movimentos de cometas, asteróides e corpos do cinturão de Kuiper, ou modificações de brilho como explosões de novas e super-novas.

Mas para atingir este objetivo alguns desafios terão de ser vencidos. O primeiro é desenvolver um novo telescópio com características únicas:
- um campo de cerca de 10 graus quadrados
- grande luminosidade para permitir fazer fotos a cada 10 segundos de modo a fotografar todo o céu a cada 3 noites.
- câmara CCD de 3 bilhões de pixels (3 Gpx).
- sistema de computadores para análise dos 30 terabytes de dados gerados por noite e um sistema de alerta dos dados interessantes.

Para atingir a estes objetivos o telescópio terá características inéditas, combinando o grande campo das câmaras Schmidt e a abertura de um espelho de 8,4 metros de diâmetro. Para isso ele terá um sistema óptico com 3 espelhos, um primário anelar côncavo parabolóide de 8,4 metros, um secundário convexo anelar de 3,4 metros e um terciário côncavo esférico de 5 metros que concentrará a luz em uma super-câmara CCD.

O primeiro desafio tecnológico, um contrato de 2,3 milhões de dólares, foi entregue ao Laboratório de Espelhos de Observatórios da Universidade do Arizona, que dispõe de um forno rotativo e já construiu quatro espelhos de 6,5 e dois de 8,4 metros, mas nunca um com uma abertura central de 5 metros.

Quatro locais estão sendo analisados para a sua instalação, no México, no Chile e nas Ilhas Canárias. Espera-se que o LSST possa receber sua primeira-luz em 2012.

A LSST Corporation é formada pela Universidade de Washington, a Universidade do Arizona, a Corporação de Pesquisa e o Observatório Nacional de Pesquisa Astronômica e deve se expandir com a entrada de novos membros: o Laboratório Nacional de Brookhaven, o Laboratório Nacional Lawrence Livermore, o Centro do Acelerador Linear de Stanford, o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, o Instituto Kavli de Particulas Astrofisicas e Cosmologia, as Universidades da Califórnia, de Illinois, de Stanford e Johns Hopkins.

A participação destas entidades pode dar uma dimensão da importância do empreendimento para o futuro da pesquisa astronômica.

15nov22 O LSST deverá entrar em operação em 2024 e será batizado com o nome de Vera C. Rubin, a grande astrônoma americana, pioneira no estudo das curvas de rotação de galáxias espirais.

25-jan-2005

Voltar