Amalthea
Júpiter V
Descoberto em 1892 pelo astrônomo norte-americano E. E. Barnard, Amalthea é um satélite irregular (270 x 140 km) que ocupa uma das órbitas mais internas, com o eixo mais longo sempre apontado para Júpiter. Apresenta uma superfície muito escura e avermelhada, aparentemente devido à contaminação de enxofre lançado em órbita pelo satélite Io. O efeito gravitacional sobre a sonda Galileu, que passou a 160 km do satélite, indica uma massa muito menor que a esperada, sugerindo uma densidade próxima do gelo. Como as imagens não apresentam a aparência de gelo, alguns astrônomos estão sugerindo que a lua seja um amontoado de pedregulhos, frouxamente compactados e cheio de "vazios". Parece que a lua foi destruída pelo bombardeio de partículas num passado remoto e depois amontoado pela baixa gravidade.
Análises espectroscópicas recentes revelam a presença de água em suas rochas. Estes minerais se formam tipicamente em regiões muito mais frias e não poderiam ocorrer num meio quente, como nas vizinhanças de Júpiter. Isso poderia indicar que ela teria se formado em outra região, provavelmente no cinturão de Kuiper, e depois capturada pelo planeta.
28-dez-2004